sábado, 27 de julho de 2013

Recomendação FILME: O menino de Pijama Listrado

Muitos amigos meus, falaram-me muito sobre o filme O menino de Pijama Listrado, eu nunca tive a curiosidade de assistir. Alguns me disseram que era muito triste, outros disseram que eu choraria bastante. Mas finalmente eu decidi ver... e confesso que eu fiquei um pouco sentida com a história, mas eu não chorei e nem fiquei triste. Veja a sinopse e depois veja minha resenha sobre filme.


Sinopse: Alemanha, Segunda Guerra Mundial. O menino Bruno, de 8 anos, é filho de um oficial nazista que assume um cargo importante em campo de concentração. Sem saber realmente o que o seu pai faz, ele deixa Berlim e se muda para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança na idade dele. Os problemas quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel, um garoto de idade parecida, que vive usando um 'pijama' listrado e está sempre do outro lado da cerca eletrificada. A amizade cresce e Bruno passa, cada vez mais a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.

OBS: Se você não quer saber como é o filme, não veja a resenha que eu vou escrever:

- Seu pai nunca contou a verdade em casa, até por motivo de segurança, mantendo o sigilo que prometeu a seus superiores, a única coisa que diz é que está fazendo é manter a salvo todos e melhorar a vida da nação.
- Conhece Shmuel que se torna seu único amigo no lugar, ele conta que é um judeu, conta sua história, e diz que não sabe porque está ali, diz que seus familiares e amigos, faziam trabalhos diferentes antes de ficarem ali naquele local (detalhe o garoto Shmuel, nunca fala que o lugar é uma prisão, até porque ele não sabe e nem imagina que é uma prisão).

- A irmã de Bruno lê um livro nazista ao lado dele "O objetivo do judeu é se tornar soberano na humanidade, o judeu não é criativo, mas destrutivo. Ele é o inimigo da cultura, milhares de alemães ficaram pobres por causa dos judeus". Ao ouvir isso ele cria uma semente de dúvida na cabeça de Bruno, mesmo assim ele não deixa de visitar seu amigo Shmuel.

- Bruno pergunta muitas coisas a Shmuel sobre o que acontece na fazenda. Como uma cena do filme que saí fumaça em uma chaminé e Bruno pergunta: "O que vocês queimam naquela chaminé? Tem cheiro ruim." E Shmuel responde: "Eu não sei, nunca fomos autorizados a ir lá, mamãe disse que são roupas velhas".  A ingenuidade das perguntas de Bruno e as frases como "essas cercas são para barrar animais, não são?" então Shmuel lhe explica que não são autorizados a sair dalí, porque são judeus. 

- Os soldados veem como se fosse uma propaganda, sobre o campo (ou fazenda) onde os judeus estão, tudo é maravilhoso, os judeus se divertem, podem plantar, jogar bola, tomar café a vontade, conversar, entre outras coisas boas (o que não é verdade). Então Bruno ao ver aquilo pensa que tudo aquilo é verdade, que tudo aquilo realmente acontece, e que os judeus tem uma boa via naquele ambiente.

Bruno conta que ouviu sua mãe dizer aquele lugar não eram para crianças e que era uma estupidez e que iriam embora. O pior acontece quando o pai de Shmuel desaparece, e Bruno tem a ideia de cavar um buraco por debaixo da cerca elétrica e procurar pelo pai de Shmuel dentro do campo.  

- E a parte mais sistemática e triste do filme. Quando os dois vão à procura do pai de Shmuel, onde estão os adultos. Os soldados começam a gritar pedindo que eles levantem, andem em bando, tiram suas roupas, alguém diz que é apenas um banho, seus pais correm até ao campo à procura de Bruno.


Shmuel e Bruno estão dentro do galpão para a parte mais triste do filme
OBS: parte final, se não queres saber o final, não leres.

- Os dois entram dentro de um galpão, e um soldado joga algum produto químico (que eu, ingênua pensei que fosse sabão em pó).  As luzes são apagadas e o que apenas se ouve são gritos de desespero. Seu pai chega no local, mas é tarde de mais. O filme não mostra mais infere-se que todos aqueles judeus foram queimados e com ele o filho do soldado.

** Sem dúvida a guerra foi uma das piores atrocidades acometida no mundo, uma marca irreversível na história. Não me orgulho desses fatos e se fosse uma alemã reivindicaria meus votos pátrios. Não ouve lado vencedor (mesmo existindo), apenas ouve dor e sofrimento. Quantas vidas perdidas, quantas lágrimas derramadas por motivo bobo. Agradeço por nada disso existir hoje.

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